Mudanças sempre fizeram parte da vida. Com o advento da Covid-19 essas se tornaram intensas e aceleradas, impactando pessoas, comunidades, organizações, projetos e negócios sociais.
Neste contexto, a Economia Criativa, a qual tem na criatividade seu principal insumo produtivo, apresenta grande potencial de geração de trabalho e renda, além de contribuir para o desenvolvimento social e económico do país.
Em 2017, a ONU definiu 21/04 como o Dia Mundial da Criatividade, com o intuito de celebrar a relevância de soluções criativas e transformadoras ao planeta.
Para que isso ocorra, projetos e negócios sociais neste segmento necessitam de: propósito bem definido, planejamento, sustentabilidade financeira, apoio de políticas públicas, parcerias público-privadas, redes de apoio junto a comunidade local , estratégias assertivas de comunicação e venda e formalização jurídica.
A Economia Criativa impacta de forma positiva na economia como um todo, pois cria riqueza social por meio do trabalho autoral, gerando inclusão social e desenvolvimento humano, além de fortalecer pessoas, negócios e empresas de outras áreas.
Há muitos empreendedores e intraempreendedores sociais que produzem produtos e serviços no setor da Economia Criativa. Esses são agentes reais na implementação das mudanças e na geração de projetos e negócios sociais aptos a impactar na comunidade local e no mercado interno e externo.
E são eles: trabalhadores do audiovisual e das tecnologias da informação e comunicação, da produção cultural, da gastronomia, de editoriais impressos e digitais, da moda, do artesanato, do design, arquitetos, publicitários e artistas oriundos de diferentes linguagens artísticas e expressões culturais, dentre outros.
Estes atores sociais promovem Inovação Social ao utilizar tecnologia e/ou metodologia específica em seus serviços, produtos e processos, mas principalmente, ao transformar seu propósito em ações que impactam de forma positiva na sociedade.
Mas o que é de fato Inovação Social? É criar algo novo , efetuar melhoria em algo que já existe , fazer a mesma coisa com menos recursos e fazer novos processos em serviços ou produtos já existentes . Enfim, inovar consiste em encontrar novas formas de fazer as coisas acontecerem com o objetivo de impactar de forma positiva na sociedade.
Pessoas, negócios e organizações de impacto não nascem inovadoras, elas aprendem e ensinam a como inovar durante sua caminhada de formação e/ou aceleraçao, pois inovação não é talento nem dom, mas uma construção oriunda da ação consciente e responsável para com todos.
E para que isso ocorra, a Inovação Social demanda; ação, criatividade, questionamento e responsabilidade. A resolução de problemas sociais está atrelado ao nível de consciência da humanidade, do capitalismo consciente e da erradicação das desigualdades sociais e da ignorância.
Inovação Social desenvolve pessoas, comunidades, organizações e projetos e negócios de impacto ao gerar melhorias no bem-estar social e na sua capacidade de sobrevivência e expansão na comunidade na qual está inserida e no mercado interno e externo. E essa atrelada a Economia Criativa torna-se democrática e inclusiva. Portanto, a Inovação Social é para todos, ou seja, ela deve estar acessível a todas as pessoas e em todas as comunidades.
Você que trabalha com Economia Criativa e Inovação Social, compartilha aqui sua história. Com certeza será inspiração para muitos empreendedores e intraempreendedores sociais.
Foto: Acervo pessoal.
Autora: Christiane Denardi - Mentora de Impacto no Instituto Legado.